quarta-feira, 23 de março de 2011

Resenha

RESENHA crítica do livro: O que é educação.


Seminário Interdisciplinar
Professora: Gicele Faissal
Estudante: Luciana de Nazareth Silva Carneiro – 1o Período

Proposta de atividade: Após a leitura do livro O que é educação, fazer uma resenha crítica de acordo com o modelo.
Identificação da obra:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 3 ed. São Paulo : Brasiliense, 1995.
Apresentação da obra:
Nesta resenha iremos abranger, o que é a educação, como ela acontece, suas principais características e o quanto estamos diretamente ligados a mesma. Qual a importância da nossa participação na mesma para que ela aconteça de forma saudável.
Estrutura:
O livro contém nove capítulos descritos em 116 páginas.
-Educação? Educações: aprender com o índio
-Quando a escola é a aldeia
-Então, surge a escola.
-Pedagogos, mestres-escola e sofistas.
-A educação que Roma fez, e o que ela ensina.
-Educação: isto e aquilo, e o contrário de tudo.
-Pessoas versus sociedade: um dilema que oculta outros.
-Sociedade contra estado: classe e educação
-A esperança na educação
Em cada um veremos como a educação atua ou atuou em tempos antigos na sociedade, suas influências na sociedade e sua principal característica de acordo com cada capítulo.
Conteúdo:
“Educação? Educações: aprender com o índio”.
Na verdade não existe só um modo de aprender e de se auto educar. Hoje a escola é vista como a principal fonte de educação, mas não é bem assim que acontece. A educação deve funcionar como um segmento onde alguns ensinamentos devem vir de casa, os pais devem também ser praticantes da educação com seus filhos. Os professores e a escola virão depois como um segmento daquela carga que a criança já traz de casa.
Quando a escola é uma aldeia
A educação pode estar presente em qualquer lugar, pois ela não precisa acontecer especialmente dentro de instituições de ensino, na vida ela é passada de uma geração a outra. A educação é uma transferência de informações. De acordo com o que envelhecemos, vamos passando aos futuros conhecedores do mundo o que já sabemos: nossas experiências de vida e de educação. Também podendo não só passar, mas também adquirir novos conhecimentos. A educação está presente nas tribos indígenas de forma bem diferente onde “a sabedoria acumulada do grupo social não “dá aulas” e os alunos, que são todos os que aprendem, não aprendem na escola”. Tudo o que sabem aos poucos se adquire por viver muitas e diferentes situações de trocas entre pessoas, “com o corpo, com a consciência, com o corpo-e-a-consciência pelos atos de quem sabe-e-faz para quem não-sabe-e-aprende”.
Então, surge a escola.
Esse é o começo do momento em que a educação vira ensino, que inventa a pedagogia, reduz à aldeia a escola e transforma todos no educador, ou seja, é onde todos aprendem para serem formados na sua vocação no que irão fazer daqui pra frente.
A educação da comunidade de iguais por sobre diferenças naturais começa agora a reproduzir desigualdades sociais por sobre igualdades naturais, então podemos concluir que quando se começa a usar as leis de ensino, elas começam a atuar para servir ao poder de poucos sobre a vida e o trabalho de muitos.

Pedagogos, mestres-escola e Sofistas.
Grandes sociedades como Atenas e Roma emergiram de suas civilizações antigas como qualquer outro grupo humano, sendo que continuou a valorizar todos os conhecimentos como a arte, a agricultura, o artesanato entre outros tornando tudo isso um grande mistério com principio de honra de solidariedade e principalmente de fidelidade a Polis.
Porém os gregos ensinam o que muitas vezes hoje esquecemos, que a educação está presente em todas as partes, ela é “o exercício de viver e conviver o que educa”. A escola é apenas um lugar e um tempo que isso vai acontecer.
A educação que Roma fez e o que ela ensina
Em Roma muito mais do na Grécia, a educação da criança é uma tarefa doméstica. A criança começa desde cedo a aprender em casa com os ensinamentos dos mais velhos para que possa dessa forma fazer prevalecer os valores desses ditos “mais velhos”.
Essa educação doméstica tinha como intuito buscar a formação de um adulto educado capaz de renunciar por si próprio. Em Roma, a formação educacional não estava preocupada com uma formação física e intelectual como aconteceu em Atenas, mas queria sim buscar uma educação dedicada ao trabalho com a terra, uma educação de comunidade.
Educação: isto e aquilo, e o contrário de tudo.
Existem várias maneiras de se compreender o que é educação ou poderia ser. É possível saber essa definição através de dicionários, leis e legislações, pedagogos e próprios estudantes que participam entre outros.
Contudo, existem em nosso país pessoas que protestam e cobram de quem faz essas leis. Cobram para que pelo menos as mesmas sejam cumpridas e protestam que a educação seja livre para acontecer para todos e seja distribuída igualmente para todos. Existe por toda parte dos educadores uma critica enorme quanto a distância entre a promessa e a realidade, porque talvez estejam mais preocupados com os interesses econômicos e políticos que se projetam na educação.
Pessoas “versus” sociedade: um dilema que oculta outros
Fazer a crítica do que é a educação é como fazer críticas a muitas outras coisas e essa crítica será feita em cima do que as pessoas acham e dizem dela.
Uma crítica direcionada à educação é de que a mesma tem a finalidade de servir aos interesses da sociedade ou a grupos determinados.
A educação é pensada como exercício do educador sobre o conhecimento do educador sobre o educando a fim de livrá-lo da ignorância e lhe dar o saber que irá  conduzi-lo a salvação.
Na verdade, a educação é aplicada por exigências sociais diferentes, culturas diferentes, cada uma necessária a determinado tipo de vida e reprodução da conduta de cada cultura de determinada sociedade e meio cultural.



Sociedade contra estado: Classe e Educação
A educação é uma prática social.
Émile Durkhein perguntava aos pensadores da educação quem afinal estabelece os ideais e os princípios da educação?
Podemos concluir que as leis quase sempre são elaboradas por pessoas que nem ela e nem o mundo um dia irá mudar.
A educação está diretamente ligada ao desenvolvimento e deve estar em constantes mudanças, pois está ligada ao momento vivido.
Associar “educação” a “mudança” não é mais novidade.
“Educação é preparação da criança para uma civilização em mudança” (Kilpatrik).
A esperança na educação
Podemos começar com uma expressão de Paulo Freire que diz: “Reinventar a educação”.
Vale lembrar que quando nos referimos à palavra reinventar é preciso lembrar que se vai reinventar é porque determinada coisa já existiu antes.
Nesse caso a educação é uma invenção humana que se já foi inventada poderá sofrer alterações sendo refeita de outro jeito.
Devemos acreditar que antes homens criavam determinados tipos de educação, para que depois a própria educação recrie determinados tipos de homens.
E preciso estar sempre preparados a ensinar-e-a-aprender, porque muitas vezes a educação se prende somente áquilo que é formal que virou rotineiro e na troca de informações entre ensinar e aprender o conhecimento adquirido é enorme.
A educação atribui compromissos entre as pessoas com classes, cargos e necessidades diferentes. Assim o saber não pode ser transformado em instrumento político de poder, pois temos educações desiguais. A quem domine a educação. E este que domina depois diz existir adultos despreocupados com a educação, pois estes mesmos não conseguem mais enxergar a escola como as escolas do governo como fazem com postos de saúde delegacias etc.
Enfim acham que a escola se tornou um lugar para atender as emergências e ao mesmo tempo lugares em que passou a imperar um tipo de domínio de classe indesejável.

Analisando de forma critica:

O Texto O que é educação nos traz um texto extremamente amplo em informações de fácil absorção na leitura. Nesse texto percebi que a educação existe e atua não só em dias atuais, mas também em tempos e épocas antigas, porém não deixavam de estar relacionadas ao que existe hoje, ou seja, o conceito de educação independente da época também tinha seus valores morais, éticos e educativos a fim formar melhores cidadãos.
         O texto nos mostra que essencial ao ser humano é ter o mínimo de conhecimento a algum tipo de educação, seja ela familiar, escolar, social, etc. É importante, pois todos vivemos em uma sociedade onde a educação se tornou praticamente uma regra para se viver em sociedade por exemplo, se queremos ter um bom emprego é preciso ter um nível educacional relevante.
        Também pude perceber no texto que a educação em nosso país se tornou um modo capitalista de nossos governantes a fim de servir a interesses da sociedade dominante ou a grupos determinados. O que é bem ruim, afinal ela deve ser um direito de todos.
         Concluindo com uma frase do livro O que é educação que diz “O que ocorre é que ela é inevitavelmente uma prática social que, por meio da inculcação de tipos de saber, reproduz tipos de sujeitos sociais.” Ou seja, todos estão submetidos a algum tipo de educação podendo atuar como sujeito principal ou um sujeito isolado.

Recomendação da obra:

A obra O que é educação de Carlos Rodrigues Brandão é recomendada a atuantes na área de educação, a estudantes, a outros escritores e a leitores que se interessam por assuntos relacionados à educação.      
Identificação do autor:

O autor da obra O que é educação se chama Carlos Henrique Brandão nasceu no Rio de Janeiro em abril de 1940. Formou-se em psicólogo na faculdade PUC.
Queria muito ser um educador, foi quando ingressou como professor na vida universitária em Brasília na (UnB), depois em Goiânia (UFG) e hoje em dia atua em Campinas.
Após isso se tornou antropólogo por conta própria depois, através de cursos na UnB e USP.
Dedica-se atualmente a aulas e pesquisas de antropologia social.
Alguns de seus livros publicados pela editora Brasiliense: Educação Popular, Identidade e Etnia, Pesquisa Participante, Educação como cultura, etc.

Identificação:

Aluna: Luciana de Nazareth Silva Carneiro Acadêmica do curso de pedagogia do UNIFESO (Teresópolis) 1º Período.
 

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