quinta-feira, 31 de março de 2011

Observar e se adaptar às necessidades das vítimas: o desafio da Pedagogia


Passados dois meses da catástrofe, muitas pessoas que perderam suas casas ainda vivem em abrigos da cidade. Com o tempo, dividir o mesmo teto vai se tornando cada vez mais difícil. Para lidar com esta situação, a serenidade e o preparo são fundamentais para que o voluntário preste um serviço de apoio qualificado. “A calamidade trouxe perdas materiais, mas também muitas perdas emocionais e uma necessidade de buscar caminhos para sobreviver. Você tem que lidar com novas condições de vida. Isso é uma coisa que observamos durante nossos trabalhos e é importante refletir. Este é um momento de aprendizado”, observou a professora Maria Terezinha Espinosa de Oliveira, coordenadora do curso de Pedagogia do UNIFESO.
Esta preocupação é uma das pautas que ela aborda no Comitê Emergencial de Proteção à Criança e ao Adolescente – criado em Teresópolis para dar segurança e prestar atendimento aos menores de idade vitimados pelas chuvas – onde ela representa o UNIFESO. “Vale a pena fazermos uma reflexão a respeito das dificuldades que as pessoas que estão nos abrigos certamente estão vivendo, isso porque não é fácil perder tudo de uma hora para outra e ir morar com outras pessoas de uma forma coletiva”. A observação que faz a professora Maria Terezinha tem como base suas visitas aos abrigos da cidade, e a experiência do trabalho institucional que tem feito com os estudantes do curso. Para prestar assistência nos abrigos, a coordenadora encaminhou os estudantes para a Vara da Infância e da Juventude de Teresópolis, onde foram todos cadastrados para seguirem o planejamento traçado na Instituição. “Além disso, com o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão e produção de material informativo no campo da educação e da saúde, podemos subsidiar a proposição do comitê, cumprindo a missão institucional”, ressaltou a professora Maria Terezinha.

Reportagem de Gionava Campos

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